Sporting Clube de Portugal vs. Sport Lisboa e Benfica

Se teimosia fosse palavra do mês, era atribuída aos treinadores do Sporting Clube de Portugal. A nossa equipa feminina sofre duas derrotas seguidas em dois testes fulcrais. Não se pedia muito a esta equipa, dado as dificuldades que este jogo apresentava, mas esperava-se muito mais entrega do que aquela que se viu no jogo de sábado.

A 5 de novembro, jogou-se o primeiro derby do campeonato. Num ponto de vista futebolístico, são dois plantéis com realidades bem diferentes. Um reforçou-se para atacar a Women’s Champions League e o 1º lugar do Campeonato. O outro, reforçou-se com o que lhe foi permitido para dar o máximo, no sentido de atacar o 1º lugar e as respetivas competições domésticas.

Quero eu dizer com isto, que este derby foi cruel. Já esperávamos as dificuldades, mas pessoalmente, não esperava que fossem as nossas escolhas a dificultar ainda mais o jogo.

📸 – Twitter Sporting Clube de Portugal Feminino

Comparando as duas partes do jogo, a primeira parte foi a metade mais equilibrada para as duas equipas. O Sporting esteve efetivamente melhor nesta primeira parte. Após algumas ameaças do SL Benfica, as leoas foram mais destemidas a atacar a baliza das águias. Surge a marcação de grande penalidade – vinda de um lance entre Pauleta e Carolina Beckert - para o Benfica, mas Hannah Seabert nega o golo a Ana Vitória. Chandra Davidson ainda coloca a bola no fundo das redes através de um pontapé de canto, mas é apanhada em posição irregular. Vai tudo empatado para o intervalo.

Na segunda parte, foi lutar para sobreviver. As águias entraram melhor e conseguiram marcar logo após os minutos iniciais. O Sporting parecia perdido, sem linhas de passe e com imensas dificuldades em conseguir chegar à baliza das visitantes.

Há muita confusão no meio-campo do Sporting. Não se consegue criar uma jogada que crie perigo e que chegue como dever ser à área das encarnadas. Quando conseguem destabilizar a equipa do benfica, rapidamente perdem a linha de jogo, atrasando a bola para a defesa.

 É então marcada grande penalidade para o Sporting, quando num contra-ataque uma defesa do Benfica agarra Diana Silva e a faz cair dentro de área. Cláudia Neto assume a grande penalidade, e não falha. 1-1 no marcador e esperava-se assim um novo duelo entre ambas as equipas.

 

📸 – Isa/ Sporting Clube de Portugal

O que não aconteceu. As leoas voltam a ficar perdidas após marcarem o golo do empate. As alterações do Benfica vieram dar mais problemas à formação verde e branca, e criaram também mais dificuldades para as leoas avançarem para o ataque. Valeu ao Sporting a sua guardiã, Hannah Seabert, que vai fazendo defesas decisivas que impede assim as benfiquistas de aumentarem a vantagem. Perto dos 90 minutos, o Benfica marca o segundo golo, sentenciando o jogo.

Faço então o destaque essencial àquela que foi para mim a melhor em campo. Hannah Seabert. Deu tudo de si, defendeu a penalidade, impediu vários remates que podia ter aumentado a vantagem do Benfica e no fim tenta evitar o golo do Benfica, mas sem sucesso.

Num jogo desta importância, ver Fátima Dutra ou Rita Fontemanha a aquecer por 70 minutos é para mim confuso. As jogadoras dentro de campo começaram a acusar muito cansaço, começou a faltar força de pernas, e a Rita, ou até a Joana Dantas podiam ter tido destaque dentro de campo. Fazer apenas duas substituições também me deixa a pensar. Mas mais uma vez, não sou treinadora e esta é somente a minha opinião. Não foi a melhor prestação deste Sporting, e já não via uma exibição tão parca há muito tempo.

Contudo, não quero ver a rolar cabeças. E acredito que nem seja o que todos querem. Quero ver mais confiança, quer dentro, quer fora de campo. Continuar a acreditar equipa, conseguimos fazer mais e melhor.

Levantar a cabeça, recalcular o erros e trabalhar para mais e melhor!


SL, Leonor 🦁

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