Sporting Clube de Portugal vs Sport Lisboa e Benfica (06/02/2022)

 

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Vai ser sempre Contra Tudo e Contra Todos, mas seguimos juntos até ao fim!💚🦁


ANÁLISE AO JOGO 

Na generalidade: Jogo dividido durante os minutos iniciais. Assim que as equipas "encaixaram", viu-se o Sporting, tal como se esperava, a assumir a posse de bola e a iniciativa de jogo, enquanto que o Benfica se posicionava com as 11 jogadoras atrás da linha de meio campo, apostando na rápida transição ofensiva, e condicionando a organização ofensiva das Leoas, através de uma intensa pressão à portadora da bola, juntando as suas linhas e sobrepovoando o seu meio campo defensivo. Esta estratégia foi-se revelando eficaz, visto que as Verde e Brancas foram sendo incapazes de romper a linha mais recuada das encarnadas e, quando o faziam, faltava objetividade na decisão (último passe e/ou remate). O tempo foi passando, o domínio Leonino foi-se mantendo, e o resultado ao intervalo refletia a incapacidade do Sporting em concretizar as oportunidades criadas. Na segunda parte, a história foi-se repetindo. Sporting a dominar a posse de bola, Benfica na expectativa. No entanto, com o avançar dos minutos, foi sendo notória a quebra física das Leoas, que permitiu que as encarnadas se fossem aproximando com perigo da baliza defendida por Doris Bačić. Ao minuto 74 dá-se o golo das águias, contra a toada do jogo, e beneficiando de um posicionamento irregular. As Leoas pareceram algo abaladas pelo golo sofrido, mas nunca abdicaram da sua ideia de jogo, nem de procurar o golo, mas acabaram por não ter o sucesso que pretendiam. O Benfica ainda dispôs de uma grande penalidade, após falta (escusada) da guardiã Leonina, que acabou por se redimir e negar o golo a Kika Nazareth. Pouco depois, a árbitra francesa apita para o final do encontro, que acabou por beneficiar aquela que foi a equipa que, na minha modesta opinião, menos o merecia.


Sport Lisboa e BenficaQuem não soubesse, poderia bem dizer que este era um jogo em que o Sporting era a equipa grande, e o Benfica ia lá apenas "para não perder". Mas não, este era mesmo um derby, e essa foi a abordagem das encarnadas. As águias deram, por completo, a iniciativa de jogo à equipa Leonina e, sempre que conseguiam recuperar a bola, tentavam partir em rápidas transições ofensivas. No entanto, esta estratégia não deu os frutos desejados (sim, é verdade que venceram), pois as encarnadas foram sendo muito bem anuladas pelas jogadoras do Sporting (a Jéssica Silva bem tentou, mas a Joana Marchão condicionou-a muitíssimo bem). Por outro lado, a sua estratégia defensiva foi extremamente bem sucedida, pois foi capaz de anular o ataque organizado do Sporting, que se demonstrou incapaz de encontrar soluções para romper as linhas das encarnadas, que fechavam espaços e eram muito intensas na pressão à portadora da bola. O golo da vitória acaba por surgir, num lance em que Jéssica Silva está fora de jogo, mas que a equipa de arbitragem não assinala. O Benfica sai vencedor num jogo onde foi a equipa que menos procurou esse resultado. Dizem que " a sorte beneficia os audazes", mas neste caso, beneficiou o mesmo de sempre.


ANÁLISE INDIVIDUAL DAS JOGADORAS

> Doris BačićJogo seguro da guardiã Leonina, muito embora tenha cometido uma grande penalidade completamente desnecessária (ainda não vi qualquer repetição do lance), devido à sua hesitação em sair da baliza, tendo conseguido redimir-se, ao defender o remate de Kika. Continua a demonstrar alguma dificuldade no controlo da profundidade.

> Ana Borges (C): Bom jogo da nossa Capitã, a colocar em campo toda a sua garra e qualidade. Faltou apenas conseguir decidir melhor no último terço, principalmente no momento do último passe.

> Carolina Beckert: Foi subindo de rendimento ao longo do jogo, tendo falhado diversos passes durante a primeira parte, algo que não é seu costume. Demonstrou muita segurança defensiva, e acabou por ser substituída na altura em que se encontrava a ter o melhor rendimento.

> Bruna Lourenço: Foi a mais segura das linha defensiva, tendo sido muito competente sempre que chamada a agir. Quer no capítulo do passe, quer no corte, foi sempre muito eficiente. Acabou o jogo com a braçadeira de Capitã, sabendo liderar a equipa nos minutos finais da partida.

> Joana Marchão: Jogo um pouco mais apagado, talvez devido à maior insistência das Leoas em atacar pelo corredor direito. Foi sua a função de se juntar às centrais para a primeira fase de construção a 3, mas nunca conseguiu criar perigo no processo ofensivo. Defensivamente esteve muito bem, com exceção do lance do golo (já se encontrava fisicamente condicionada), tendo sabido anular muito bem as incursões de Jéssica Silva.

Fátima PintoPara mim, o seu pior jogo desta época. Demonstrou muita dificuldade na construção de jogo das Leoas, demorando muito tempo a decidir e executar, o que originou diversas perdas de bola em "zona proibida". Defensivamente não esteve tão acutilante como é seu apanágio, e a sua lentidão fez-se sentir.

> Brenda Pérez: A atravessar um momento de forma menos exuberante, pecou um pouco na tomada de decisão, um pouco à semelhança de toda a equipa. A sua capacidade para desequilibrar acabou por ser bem anulada pelas médias encarnadas, que pouco espaço lhe deram para poder pensar o jogo.

> Andreia Jacinto: Fortíssima na progressão com bola e na transição ofensiva, mas foi na manutenção do equilíbrio defensivo da equipa em que mais se destacou. A sua maturidade e inteligência acima da média foram a sua melhor arma neste jogo, onde muitos duelos se travaram a meio campo. Acabou o jogo a central, numa altura em que Mariana Cabral procurou dar qualidade e poder de decisão à primeira linha de construção da equipa.

> Joana Martins: O motor ofensivo das Leoas, foi mais uma vez muito castigada pela dureza das adversárias. No entanto, foi a jogadora mais criativa das Verde e Brancas, e aquela que demonstrou uma maior capacidade de construção de perigosas jogadas de ataque, nunca descurando a rápida e agressiva reação à perda.

> Diana Silva: Um pouco perdulária em frente à baliza, teve nos pés boas oportunidades para abrir o marcador. Lutou muito, pressionou muito, mas foi incapaz de quebrar a organização defensiva adversária, quer pelos corredores laterais, quer pela zona central (onde foi sempre mais perigosa).

> Chandra DavidsonA sua entrada no 11 inicial foi aposta acertada, na minha opinião. A sua capacidade física foi muito importante neste jogo, onde teve a ingrata função de pressionar, muitas vezes sozinha, as centrais do Benfica, na primeira fase de construção. A sua polivalência é, também, uma importante arma das Leoas. Teve nos pés uma excelente oportunidade para aproveitar o adiantamento de Letícia e abrir o marcador através de um remate de longa distância, mas hesitou e tentou atacar em organização, acabando por perder essa oportunidade.
 

Substituições

> Mariana Larroquette: Entrou em jogo para dar alguma frescura ao ataque, e foi muito importante, principalmente na pressão à linha mais recuada das encarnadas. Acabou, no entanto, por ser inconsequente.

> Ana Teles: Considero que entrou bastante mal em jogo, nunca parecendo dentro do mesmo. Muito estática, apenas procurou jogar "com a bola nos pés". Pouco pressionou, não reagia de forma efetiva e agressiva à perda, parecendo sempre algo resignada com o resultado, atitude que não a caracteriza.

> Alícia Correia: Sempre muito certinha e segura nas suas ações, acabou por ter algumas perdas de bola em "zona proibida", que poderiam ter trazido problemas à equipa. A sua entrada em pouco alterou o rumo do jogo, até porque poucas oportunidades teve para se envolver na movimentação ofensiva da equipa.

> Marta Ferreira: Boa entrada em jogo, demonstrando sempre uma atitude proativa e de garra, com vontade de alterar o resultado, e bom envolvimento com as colegas, tirando muitas vezes partido da sua capacidade para jogar de costas para a baliza. Muito lutou e pressionou, mas acabou por não conseguir alterar o marcador, não dispondo de nenhuma oportunidade de golo flagrante.


Nota: Pede-se que a FPF tenha um maior cuidado na escolha das equipas de arbitragem para os jogos grandes das competições femininas. Mais uma vez, a equipa de arbitragem não esteve à altura do desafio, cometendo erros graves e que acabaram por ter influência direta no resultado. A evolução do Futebol Feminino tem obrigatoriamente que passar pela evolução da qualidade das arbitragens!


"Que a Nossa Crença seja a Vossa Força"
No Sporting jogamos sempre para ganhar! Vamos Leoas! 💪💚🦁


SL, Margarida 🦁

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