De favoritismo ao desaire... do desaire à vitória!
O que dizer deste jogo? Bom, foi um jogo confuso. Pelo
menos foi essa a minha perceção nas bancadas da Academia.
Este não era dos jogos mais complicados. Aliás, até era visto como um jogo aceitável para as nossas leoas. O que não aconteceu. De todo. O Sporting entrava para esta partida como favorito, após o Benfica levantar a taça de campeão. Porém, o favoritismo não beneficiou de nada a equipa verde e branca. Não considero que este quase desaire tenha sido demérito da equipa leonina, mas… não estiveram no seu melhor.
A equipa do Marítimo foi a Alcochete com o objetivo de
roubar pontos ao Sporting, e de tudo fizeram para infernizar a vida das
jogadoras do Sporting. Contudo, há que realçar que também fomos prejudicados pelos
erros constantes da equipa de arbitragem.
Dando um olho ao 11 inicial escolhido pela Mister
Mariana, a equipa foi a jogo com algumas alterações comparativamente ao jogo
contra o Damaiense. Saem Alícia Correia, Ana Borges e Diana Silva e entram no
11 titular Joana Dantas, Rita Fontemanha e Sofia Silva.
Como já referi foi um jogo confuso. Confuso porque, e
falo por mim, as baixas na lista de jogadoras não convocadas não tiveram ainda
explicação e creio que era um bom jogo para dar mais oportunidades. Confuso
porque, as nossas jogadoras entraram em campo completamente desinspiradas, com
pouco ritmo, sem vontade de fazer rolar a bola.
A 1ª parte deste encontro resume-se a 45' de falta de
ritmo, poucas ideias e muita confusão. Arrisco-me a dizer que houve muita falta
de ambição. As leoas quiseram sempre dominar o jogo, arriscando com alguns
remates pouco perigosos a baliza de Bárbara Santos. Ana Teles, Ana Capeta, Brenda Peréz, Fátima
Dutra e até Joana Dantas tentaram ameaçar a baliza adversária, mas a escassa
finalização ditou o resultado de 0-0 ao intervalo.
Esta equipa quis muito, mas não estava a conseguir dar os
100% que eram pedidos.
A entrada para a 2ª parte esperava-se muito mais
prometedora e sinceramente, esperei por alterações ao intervalo. O que não
surgiu. Voltou-se a verificar falta de ritmo, pouca intensidade de ambas as
equipas e falta de inspiração para colocar a bola no fundo das redes. As
oportunidades leoninas na segunda parte, surgiram conforme foram feitas
alterações na equipa, entrando em campo Diana Silva, Cláudia Neto, Alícia
Correia e Maísa Correia para renderem Ana Capeta, Ana Teles, Bruna Lourenço e
Joana Dantas que acabou por sair lesionada.
O jogo começou a fluir de forma diferente com estas alterações. A entrada de Maísa Correia e de Diana Silva desconcentrou a equipa do Marítimo, e foram permitindo que a número 42 do Sporting conseguisse aproveitar os espaços deixados pela equipa insular.
Foi então de uma falta sofrida por Fátima Dutra que
surgiu o golo do 1-0. Joana Martins converte o livre para a área e aparece
Maiara que cabeceia a bola de costas e surpreendendo Bárbara Santos, e
colocando a bola no fundo das redes.
Este é já o 3º golo de Maiara no campeonato desde que
chegou ao Sporting.
O golo aos 79 minutos permitiu às leoas respirarem de
alívio. O segundo golo esteve perto de aparecer pela conversão de um pontapé de
canto, mas o cabeceamento de Maísa foi ao poste.
Ao cair do pano, as emoções falaram mais alto e é marcada uma grande penalidade a favor da equipa insular. Inconformadas, as leoas deram tudo nos 7 minutos finais e na sequência de outro livre, Diana Silva, aos 90+8, consegue finalizar e colocar a bola na baliza das adversárias, selando assim uma vitória leonina bastante sofrida.
Este foi um jogo em que se exigia mais às nossas
jogadoras. Não digo que fosse preciso uma super exibição, mas era necessário
mais foco e mais garra para conseguir aproveitar as fragilidades da equipa do
Marítimo. Voltámos a jogar com muita bola para trás, o que nos coloca mais
vezes em perigo; o meio-campo aparece de novo com muita confusão e perdas de
bola infantis; na última fase de jogo, a finalização, essa parecia que estava
longe de chegar.
Realço o bom desempenho da Sofia Silva, que esteve exímia no terço defensivo; a Joaninha e a Maiara, que tudo deram em campo desde passes, recuperações, apoio na defesa e fizeram de tudo para que a bola conseguisse chegar às colegas para finalizar; e por fim, as entradas de Diana Silva e Maísa Correia que mexeram com o jogo numa altura em que a esperança já estava mesmo a morrer e deram vida a um jogo embrulhado.
Há que pensar, repensar e melhorar, para que na próxima jornada tenhamos uma equipa focada e coesa para defrontar o Clube Albergaria.
SL, Leonor 🦁
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