Sporting Clube de Portugal vs Clube Albergaria (12/12/2021)

 



Após 2 jogos ausente (um para a Liga BPI, outro para a Taça da Liga), regresso agora com esta breve e simples análise ao mais recente desafio da nossa Equipa, frente ao Clube Albergaria


ANÁLISE AO JOGO 

Na generalidade: Devido ao facto de este ter sido um jogo de sentido único (Sporting a atacar, Albergaria a defender) durante a quase totalidade dos 90 minutos de jogo (salvo 2 ou 3 lances de ataque do Albergaria, durante todo o encontro), pareceu-me não fazer qualquer sentido proceder a uma análise separada da primeira e segunda partes. As Leoas de Mariana Cabral começaram a partida a todo o gás, demonstrando uma clara vontade e intenção e, desde cedo, assumir as rédeas do jogo e não permitir qualquer tipo de iniciativa de jogo ao Clube Albergaria. Quer pelas alas, quer por zonas mais centrais, em espaços normalmente muito bem protegidos pela equipa do Albergaria, as Verde e Brancas iam somando oportunidades de golo através de rápidas transições e jogadas simples de entendimento entra as diversas jogadoras envolvidas. Muito intensas na reação à perda, a equipa Leonina esteve praticamente sempre instalada no seu meio campo ofensivo, resolvendo com relativa facilidade toda e qualquer tentativa de transição ofensiva por parte do Clube Albergaria. Aos 10 minutos de jogo, e após jogada de insistência pelo corredor direito (e com alguma sorte à mistura), a Ana Borges consegue introduzir a bola na baliza adversária e inaugurar o marcador. A partir desse momento, a equipa do Albergaria ficou um pouco mais desorganizada, abriu espaços, e com muita intensidade, inteligência e paciência, as Leoas voltaram a marcar por mais 3 vezes antes do intervalo, duas vezes por Diana Silva (aos 15 e aos 42 minutos), e por Ana Borges, a fazer o primeiro golo da época (aos 18 minutos). 4-0 ao intervalo, num momento em que Ana Teles, a mais irreverente das Leoas, já contava com 2 assistências. A segunda metade iniciou-se exatamente da mesma forma da primeira, e as Verde e Brancas voltaram a marcar mais 4 golos - 2 deles por Brenda Pérez (aos 50 e 70 minutos), e outros 2 por Chandra Davidson (aos 75 e aos 78 minutos). Sempre com o pé no acelerador, as Leoas nunca abdicaram da procura do golo, mesmo após marcarem o 8-0, e continuaram igualmente intensas e dinâmicas até ao apito final, mesmo após as diversas alterações efetuadas, e a saída/entrada de 5 jogadoras.

Mais um excelente jogo das Leoas, que foram capazes de dominar por completo um adversário normalmente complicado, demonstrando diversas dinâmicas e soluções ofensivas, quer pelos corredores laterais, quer pelo corredor central, em transição e organização.


Clube Albergaria: É de conhecimento geral que a equipa de Paula Pinho é sempre uma equipa complicada de enfrentar, sendo muito forte quando joga em casa, apresentando, no entanto, algumas fragilidades nos jogos fora. E foi isso que se verificou no Estádio Aurélio Pereira. Usualmente muito bem organizadas defensivamente, e incisivas nas transições, a equipa do Albergaria foi incapaz de reagir à intensidade de jogo do Sporting, tendo concedido muito espaço para as Leoas poderem circular a bola e pensar o jogo, perdendo, pelo segundo ano consecutivo, 8-0 em Alcochete.


ANÁLISE INDIVIDUAL DAS JOGADORAS

> Doris Bačić: Mera espectadora durante quase todo o jogo, demonstrou estar atenta nas poucas intervenções que realizou (intervenções, não defesas).

> Carolina Beckert: De volta ao 11 inicial, voltou a demonstrar muita segurança e qualidade com bola, muito forte a progredir no terreno com a bola controlada.

> Bruna Lourenço: Manteve-se no 11 das Leoas, no lugar de Melisa, e fez um excelente jogo, muito seguro. Teve uma pequena desatenção, ao efetuar um atraso arriscado para a sua guarda redes. Poderia ter marcado de cabeça, após um excelente livre de Joana Marchão, as viu a guarda redes adversária defender o seu remate.

> Joana Marchão: Mais do mesmo! Grande jogo, com muita intensidade, clarividência e qualidade. Explorou muito, e bem, terrenos mais interiores, sendo capaz de criar muitas situações de perigo. Defensivamente, teve pouco trabalho.

> Ana Borges (C): Regresso aos golos (marca o primeiro da temporada). Excelente exibição, muita intensidade naquele corredor direito, sendo capaz de combinar maravilhosamente com as diversas colegas.

> Rita Fontemanha: No geral foi um bom jogo, embora tenha perdido alguns duelos e falhado alguns passes simples durante a primeira parte. Foi o elemento de equilíbrio do meio campo, pisando terrenos um pouco mais recuados e auxiliando na primeira fase de construção, algo que não a impediu de aparecer, com perigo, junto à área adversária.

> Andreia Jacinto: Mas que jogo! Muita intensidade, muitos duelos ganhos e diversas progressões com bola completamente imparáveis. Continua a crescer a olhos vistos e é uma das jogadoras pilar desta equipa.

> Brenda Pérez: Mais dois golos, estes menos vistosos, da nossa média, que espalha classe pelo campo. A forma como gere os tempos do jogo, como parece saber o que vai fazer com a bola ainda antes de a ter nos pés, é determinante para a manobra ofensiva e defensiva da equipa.

> Joana Martins: Mais um jogaço de Joana Martins, que parece estar no melhor momento de forma e, finalmente, a afirmar-se na equipa Verde e Branca. Mesmo franzina, não se escusa aos duelos, ganhando vários (ou importantes faltas). A forma como tira adversárias do caminho com fintas de corpo apenas está ao nível das melhores! Fica na retina o passe extraordinário para Neuza Besugo (que efeito).

> Ana Teles: A crescer jogo após jogo, cada vez mais confiante e entrosada com a restante equipa. Dona de uma capacidade técnica acima da média, muito forte no 1x1 (fisica e tecnicamente), acaba o jogo com 3 assistências (4, se contarmos o remate-bomba à trave, que originou o segundo golo de Brenda), sendo, para mim, a melhor em campo. Tem apenas de ser um pouco mais contida no recurso ao lance individual, algo que está a ser notoriamente trabalhado por Mariana Cabral (basta ouvir as suas indicações para dentro de campo).

Diana Silva: Mais dois golos para a sua conta pessoal, ultrapassando a marca dos 100 (!) golos com a listada verde e branca. A importância de Diana Silva nesta equipa é notória, e o seu regresso foi determinante para o sucesso ofensivo das Leoas. Mais uma excelente exibição, onde demonstrou não só a sua capacidade goleadora, como também toda a sua qualidade e inteligência, sendo capaz de providenciar o apoio frontal muitas vezes necessário para a manobra ofensiva das Leoas.

 

Substituições

> Marta Ferreira: Entrou no jogo para o lugar de Andreia Jacinto, e pisou terrenos um pouco mais recuados, alternando algumas vezes com Ana Teles no corredor esquerdo. Esteve bem, ganhou algumas faltas, mas pecou um pouco no momento da finalização.

> Alícia Correia: Excelente entrada em jogo da jovem lateral, que voltou a demonstrar a sua qualidade. Não explorou terrenos tão interiores como Joana Marchão, mas tomou várias vezes a iniciativa e explorou muito bem a profundidade pelo corredor esquerdo (defensivamente, poucas vezes chamada a intervir).

> Chandra Davidson: Entrou para o lugar de Diana Silva, e entrou com tudo. 5 minutos, 2 golos marcados. É uma jogadora muito diferenciada em termos físicos, com uma capacidade finalizadora muito interessante. A sua versatilidade em campo, podendo atuar quer pelo corredor, quer pelos corredores laterais (contra o Vilaverdense jogou a lateral direita), e a forma como tem vindo a entrosar-se com a equipa, tornam-na numa das mais válidas opções para Mariana Cabral, quer como titular, quer vinda do banco.

> Neuza Besugo: De regresso após lesão, entrou para o lugar de Ana Teles e deixou alguns bons apontamentos. Embora demonstre ainda alguma falta de ritmo (e, consequentemente, intensidade), entrou bem no jogo e até dispôs de uma das melhores oportunidades para marcar, após primoroso passe de Joana Martins, que não conseguiu finalizar.

> Margarida Sousa: Entrou em campo para o lugar de Brenda, cumprindo assim o seu segundo jogo pela equipa principal. Muito calma e segura, muito simples nas suas ações, mas muito esclarecida e sem medo de ter a bola. É uma jogadora discreta, mas que aparenta ser muito competente com e sem bola.



"Que a Nossa Crença Seja a Vossa Força!"
No Sporting jogamos sempre para ganhar! Vamos Leoas! 


SL, Margarida 🦁

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