Sporting Clube de Portugal vs Länk Vilaverdense (Taça da Liga 21/12/2021)

 

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Regresso à Taça da Liga, para aquele que foi o último jogo de 2021 - ano encerrado em grande, que seja o prenúncio de algo ainda melhor!


ANÁLISE AO JOGO 

Na generalidade: Mais um jogo de sentido único para as Leoas, que torna "dispensável" a divisão da análise em "primeira" e "segunda" partes.

Após a vitória por 3-0 no jogo da primeira mão, as Leoas de Mariana Cabral entraram para este jogo "a matar", como se a eliminatória estivesse empatada. Cedo abriram o marcador, após excelente desmarcação de Chandra Davidson (e finalização à segunda tentativa), e nunca mais tiraram o pé do acelerador. Muito dinâmicas, com rápidas trocas de bola, alternando entre os corredores laterais e central, com diversas movimentações de rutura, as Verde e Brancas demonstraram um poderio ofensivo muito interessante, podendo o resultado ter sido ainda mais dilatado devido às inúmeras oportunidades criadas. Mais um jogo em que demonstraram muita intensidade na reação à perda de bola, rapidamente fechando espaços e pressionando a portadora da bola, o que não permitiu qualquer tipo de "aventura" ofensiva por parte do Länk Vilaverdense, à exceção da jogada que origina o golo de honra das visitantes (que, digamos, resultou de algum facilitismo por parte das jogadoras do Sporting). 

É muito bom perceber que, muito embora nada o fizesse prever durante a reconstrução desta equipa, o plantel Leonino apresenta muitas e boas opções, um lote de jogadoras todas elas capazes de assegurar um lugar no 11 titular, e que, quando entram a partir do banco, conseguem manter o mesmo ritmo e tipo de jogo que as restantes.


Länk Vilaverdense: Após um começo de época muito interessante, daquela que seria uma das equipas que mais se esperava ver criar dificuldades às equipas "grandes", a verdade é que o Vilaverdense tem revelado muitas debilidades e uma grande incapacidade para contrariar o ritmo (e dinâmicas) de jogo praticado pelas adversárias, principalmente quando defronta as candidatas ao título. Este foi, assim, mais um jogo em que demonstraram muitas dificuldades a nível de ritmo de jogo, capacidade para fechar espaços mas, principalmente, demonstraram uma grande incapacidade para ligar setores. Falta-lhes um elemento (ou mais) que seja capaz de transportar jogo, que seja capaz de criar um fio de jogo, desde a defesa ao ataque, pois a equipa esteve sempre muito partida. Com boas jogadoras nas mais variadas posições, muitas delas jovens com potencial, outras ainda jovens, mas já experientes, espera-se mais deste Vilaverdense que, muito embora já tenha assegurado a manutenção na Liga BPI, poderia lutar por lugares mais cimeiros.


ANÁLISE INDIVIDUAL DAS JOGADORAS

> Carolina Jóia: Jogo tranquilo, durante o qual teve muito pouco trabalho. Tem muita qualidade a jogar com os pés, um bom sentido posicional. No entanto, fico com a ideia que tem a sua quota parte de culpas no golo sofrido, ao sair a uma bola que, a meu ver, seria de Carolina Beckert.

> Carolina Beckert: Mais um bom jogo, onde voltou a colocar em prática toda a sua qualidade posicional e de transporte em progressão. Está, no entanto, envolvida no lance que origina o golo do Vilaverdense.

> Melisa Hasanbegović: Jogo muito seguro, como sempre. Muito forte no posicionamento, nos duelos, muita qualidade no passe, continua a impor muito respeito apenas pela sua presença física. Cada vez a demonstrar mais a sua importância para esta equipa.

> Joana Marchão: Jogo muito competente, mas algo discreto, durante o qual não se aventurou tantas vezes no ataque. No entanto, quando o fez, fê-lo bem, e ainda conseguiu executar um excelente remate ao poste, cuja recarga daria origem a mais um golo das Leoas.

> Ana Borges (C): Aquela jogadora que parece que tem pilhas eternas! O que corre Ana Borges, quer seja a explorar a profundidade (faz sempre a mesma, mas passa sempre, a não ser que a travem em falta), que por terrenos um pouco mais interiores. A rapidez com que recupera o posicionamento defensivo é notória!

> Fátima Pinto: Regresso após lesão, e que regresso. Não só pelos 2 golos, um deles um excelente golo, a aproveitar o adiantamento e desenquadramento da guarda redes adversária com a baliza, mas principalmente por tudo aquilo que ofereceu à equipa. Confesso, este posicionamento mais recuado assenta-lhe que nem uma luva, pois consegue colocar em prática toda a sua intensidade nos duelos, inteligência e qualidade de passe.

> Andreia Jacinto: Que jogo, mais um, de Andreia Jacinto, selado com um golo (com muitas culpas para a GR do Vilaversence) de belo efeito. Já vão faltando as palavras para descrever a jovem média portuguesa, que é dona de uma qualidade (a tantos níveis) e maturidade muito acima da média que, aliadas à sua constituição física, a tornam numa média de um potencial tremendo!

> Brenda Pérez: A "pequena" espanhola continua a deliciar-nos pelos relvados de Portugal, e este jogo não foi exceção! Faltou apenas o golo, numa exibição onde voltou a demonstrar toda a sua importância para o jogo das Leoas. É a maestra de uma orquestra muito bem ensaiada, mas que tem ainda muito mais para dar!

> Joana Martins: Finalmente a colocar em prática todo o seu potencial, a jovem portuguesa assinou mais uma excelente exibição. A forma como consegue imaginar linhas de passe onde mais ninguém consegue, e concretizar esses mesmos passes com qualidade, é impressionante, e é algo de que apenas as melhores são capazes! Já vem justificando uma chamada à seleção nacional, que esperemos que aconteça em breve.

> Marta Ferreira: Também ela uma das jogadoras mais discretas neste jogo (sim, eu sei que marcou dois golos), muito por culpa das suas funções em campo, que cumpriu de forma extraordinária. Muito solicitada no apoio frontal, soube arrastar consigo as defesas do Vilaverdense, permitindo por diversas vezes a entrada de uma colega no espaço de finalização, completamente livre de marcação. Combinou muito bem com Chandra Davidson.

Chandra Davidson: Hat-trick da canadiana, que já leva 7 golos marcados em apenas 9 jogos (muitos deles como suplente utilizada). Desde que se estreou pela equipa do Sporting, e após ultrapassados alguns problemas físicos no início da época, a jogadora Verde e Branca tem vindo a subir de forma, demonstrando um entrosamento com as colegas cada vez maior, o que lhe permite não só aparecer em espaço de finalização com maior frequência, como também criar mais jogadas de perigo e de entendimento coletivo, que colocam a equipa mais perto do sucesso.

 

Substituições

> Mariana Rosa: Entrou em campo para o lugar de Ana Borges, e esteve muito segura, embora discreta. Tentou algumas incursões pelo corredor direito, mas acabou por não ter qualquer tipo de influência direta no marcador. É uma jogadora que precisa muito de jogar para ganhar confiança e poder impactar o jogo da equipa.

> Alícia Correia: Entrou muito bem no jogo, para o centro da defesa Leonina, demonstrando toda a sua polivalência. Dizer que fez um jogo discreto até é bom, pois não comprometeu em qualquer momento, tendo sido muito eficaz nas suas ações.

> Neuza Besugo: Segundo jogo após lesão, pelo que ainda denota alguma falta de ritmo. Muito polivalente, e dona de um excelente pé esquerdo, ganhou um importante duelo na área adversária, desferindo um excelente remate e assinando o seu primeiro golo da época (e que bonito golo). Poucos minutos antes, no entanto, desperdiçou uma das melhores oportunidades do jogo, na cara da GR adversária.

> Ana Teles: Muita intensidade e irreverência da jovem portuguesa que, por vezes, acabam por a prejudicar. A sua vontade de "mostrar trabalho" é notória, principalmente quando entra a partir do banco. Muito forte fisicamente, dona de uma qualidade técnica invejável,  pareceu-me algo desligada das colegas, tal era a sua vontade de partir para o ataque e aumentar (ainda mais) o marcador. 

> Inês Gonçalves: Entrou bem no jogo, para a ala esquerda, conseguindo algumas combinações interessantes com as colegas. No entanto, dá-me ideia de que, em campo, será pouco compatível com Ana Teles, pois acabam sempre por pisar terrenos comuns e atrapalhar-se mutuamente. Ainda procura a sua melhor forma física, para poder impactar de forma mais evidente, o jogo das Leoas.


Venha 2022 e, com o novo ano, venham muitas mais vitórias! Nós estaremos sempre aqui a apoiar a Equipa! 


"Que a Nossa Crença Seja a Vossa Força!"
No Sporting jogamos sempre para ganhar! Vamos Leoas! 


SL, Margarida 🦁

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