Rússia vs Portugal (2ª Mão do Playoff Qualificação Euro 2022 - 13/04/2021)
Não conseguimos o objetivo mais desejado, o Apuramento para o Europeu 2022... Mas não baixaremos a cabeça e lutaremos por mais e melhor! Força Portugal!
ANÁLISE INDIVIDUAL DAS JOGADORAS
> Inês Pereira: Confesso que não esperava esta alteração. Embora, para mim, a Inês seja, neste momento, a melhor guarda redes portuguesa, pensei que o nosso selecionador optasse por manter a titularidade da Patrícia Morais, como forma de lhe dar confiança, depois do caricato golo sofrido no jogo de sexta feira. No que respeita à exibição, muito segura sempre que chamada a intervir. Perto do minuto 60, efetua uma defesa extraordinária, a remate da lateral esquerda russa. Manteve a baliza inviolada, algo que poderia ter sido determinante, caso a equipa portuguesa tivesse conseguido marcar.
> Ana Borges: Um pouco mais solta e interveniente, em termos ofensivos, do que no jogo anterior, foi mais uma boa exibição da nossa lateral. Assinou alguns bons centros, que infelizmente nunca tiveram o desfecho desejado - o golo. Sempre muito combativa, foi bastante castigada pelos ataques da equipa russa pelo seu corredor.
> Sílvia Rebelo: Uma exibição segura, onde são dignos de registo alguns cortes importantes. É uma jogadora muito experiente, mas limitada em termos físicos (muito lenta). No entanto, falhou um pouco na saída à portadora da bola, em diversos contra ataques da equipa russa, permitindo a sua progressão até à nossa área.
> Carole Costa: Hoje mais influente no capítulo da construção, assinou uma boa exibição. À semelhança da sua companheira de setor, cometeu alguns erros que se revelaram inconsequentes. Permitiu algum espaço nas suas costas, que foi explorado pelas atacantes russas.
> Joana Marchão: Fiel a si mesma, combativa, intensa, forte nos duelos. Mais uma boa exibição da nossa lateral, embora tenha sido algo pressionada e castigada pelas atacantes adversárias, dada a falta de apoio das suas colegas, a certa altura do jogo. Teve algumas incursões ofensivas interessantes, mas algo "presa" ao setor mais recuado.
> Dolores Silva: Muito melhor do que no jogo anterior, esta foi uma exibição ao seu nível. Foi capaz de gerir o espaço entre a linha defensiva e a linha média, e iniciar a primeira fase de construção da equipa portuguesa. Muito mais segura com bola, ganhou diversos duelos a meio campo, tendo sido a autora daquele que foi o momento de maior perigo para a baliza russa, ao qual a guardiã adversária respondeu com categoria (infelizmente).
> Tatiana Pinto: Bom jogo de Tatiana, onde conseguiu melhorar no capítulo do passe, face ao jogo anterior. Sempre muito interventiva, tentou diversas incursões no ataque, em movimentos de rutura, mas sem nunca conseguir finalizar. Acaba por ser substituída, numa altura em que o jogo pedia alguma frescura a meio campo.
> Cláudia Neto: Uns furos abaixo daquilo que fez no último jogo, pela falta de espaço que a equipa russa lhe deu. É sempre uma jogadora muito importante para a equipa, dada a sua inegável qualidade. Mas, a certa altura do jogo, passa a ficar demasiado presa no ataque, deixando a equipa descompensada no momento de transição defensiva. Dá ideia de que é a única jogadora que realmente beneficia deste sistema 4x4x2 losango.
> Andreia Norton: Deu tudo de si, mas voltou a ser inconsequente. É uma excelente jogadora, mas hoje ficou um pouco aquém daquilo que é capaz. Acaba por ser amarelada por uma falta desnecessária, dada a superioridade numérica da equipa portuguesa, que bastaria para controlar o ataque da equipa russa. É, novamente, substituída na segunda parte, numa tentativa de Francisco Neto refrescar e dar mais poderio ofensivo ao meio campo.
> Francisca "Kika" Nazareth: Voltou a assinar uma boa exibição. Sempre muito envolvida na manobra ofensiva da equipa, é uma jogadora que gosta de ter bola e não tem medo de a procurar. Desceu várias vezes no terreno para construir jogo, mas as suas movimentações acabavam por criar um buraco na área russa, que demorava a ser preenchido pela equipa portuguesa, o que se refletiu um pouco na fraca capacidade da equipa finalizar jogadas de ataque.
> Jéssica Silva: Longe da Jéssica Silva de outros tempos. Não concordo com a sua inclusão no 11 inicial, dado que é uma jogadora que faz apenas o 3º jogo após lesão (1 foi amigável), e que há um ano que não compete ao mais alto nível, denotando falta de ritmo de jogo. É inegável a sua qualidade, mas complicou diversas vezes o simples, querendo jogar bonito em vez de prático. Digamos também que a posição em que jogou em nada a favorece, e apenas conseguiu desequilibrar quando descaiu para o corredor direito.
Substituições:
> Andreia Jacinto: Entrou para o lugar de Tatiana Pinto, numa tentativa de refrescar o meio campo português. Conseguiu fazê-lo, e teve algumas ações bastante interessantes, com e sem bola. A sua qualidade de passe esteve em evidência na construção de algumas jogadas ofensivas que, tal como todas as outras, se revelaram inconsequentes.
> Fátima Pinto: Muito combativa, intensa e forte nos duelos, tentou impulsionar a equipa para o ataque, aparecendo também na área a tentar finalizar. Foi um bom jogo de Fátima Pinto, que certamente cumpriu o estipulado por Francisco Neto mas que, infelizmente, acabou por não influenciar o marcador.
> Telma Encarnação: É uma jogadora rápida, intensa, com presença de área e faro de golo. Mas acabou por não ter influência no desfecho do jogo. Acabou a descair bastante para a ala esquerda, não sendo capaz de aparecer em zonas de finalização de forma regular.
> Ana Capeta: (para mim deveria ter sido titular) A sua entrada tinha como objetivo povoar o ataque português, e aumentar a presença na área russa. Infelizmente, acabou por estar tempo insuficiente em campo para poder ter alguma influência no resultado, acabando substituída devido a lesão. Esperemos que não seja nada de grave (aparentou ser uma entorse no pé esquerdo), e que volte rapidamente aos relvados e aos golos pelo Sporting Clube de Portugal! As melhoras Capeta!
> Catarina Amado: Entrou ao minuto 90' para o lugar da lesionada Ana Capeta. Estreia agridoce de Catarina Amado pela seleção nacional (gostaria muito de a ver a titular na lateral direita, com a Ana Borges a extremo), que acabou por não estar tempo suficiente em campo para ter qualquer influência no resultado.
Caímos, mas caímos de pé! Deixámos tudo em campo, e lutámos até ao último segundo! Tenho muito orgulho nesta equipa, nestas jogadoras! Fica, no entanto, a sensação de que, com um sistema tático diferente e que permitisse potenciar ao máximo as qualidades das nossas jogadoras (talvez não encaixasse a Cláudia Neto de forma tão natural, mas gostava de nos ver num 4x2x3x1, com a Cláudia a 10), poderíamos ter obtido um resultado diferente. É apenas a minha opinião...
O nosso momento chegará em breve. A qualidade destas jogadoras é enorme, e o seu crescimento tem sido notório e faz-nos acreditar em mais e melhor! Venha o apuramento para o Mundial! 💪💓
SL, M 🦁
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